sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

52 cordas

Composição de Penderecki de 1960 para 52 cordas, dedicada às vítimas de Hiroshima para, segundo o compositor, "expressar a minha crença profunda que o sacrifício de Hiroshima nunca será esquecido ou perdido".

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

freedom/justice/equality

Freedom, justice, equality... mas aqui é uma exigência tão suave...
Quem é este Al Campbell?
Vamos procurar.

To hear your banjo play

Excelente filme sobre o banjo, em duas partes:

sábado, 19 de fevereiro de 2011

contra o despertador e a política do desemprego

Uma das primeiras canções dos Censurados, "É difícil". A letra nem sequer é muito imaginativa. Mas no punk rock, isto compensa-se com atitude, ir directo ao assunto, e um bom refrão.

(foi a que encontrei com melhor som)

Toca o despertador
Vestes-te a pressa
Mal tens tempo para comer
Fazes tudo tão depressa
Não tens tempo a perder

Nem tempo para sorrir
Sais de casa a correr
Tens um horário a cumprir
Os minutos passam
E hoje estás sem sorte
Cada vez mais atrasado
À espera de transporte

É difícil é difícil
Conseguir estar empregado
Mais difícil mas difícil
É ter um bom ordenado

O autocarro chega
E lutas para entrar
Mas é tanta a confusão
Que nem um passo podes mostrar
Seguras na tua mala com um ar desconfiado
Empurras para frente para arranjar um lugar sentado
Pisa o de trás, esbarras no da frente
Ficas irritado discutes com toda a gente

É difícil é difícil
Conseguir estar empregado
Mais difícil mas difícil
É ter um bom ordenado

Chegas atrasado mais um desconto no ordenado
Ficas um pouco...
Sentes-te arrasado
Como senão bastasse o teu patrão não te pagava
Tu não passas de mais um belo desempregado

A nossa patria é o mundo inteiro

Canção de Pietro Gori de 1895
Pietro Gori (14 Agosto de 1865 - 8 Janeiro 1911) foi um advogado, jornalista, intelectual e poeta anarquista italiano.


O profughi d’Italia
a la ventura
si va senza rimpianti
né paura

Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta.

Dei miseri le turbe
sollevando
fummo da ogni nazione
messi al bando
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero

Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta

Dovunque uno sfruttato
si ribelli
noi troveremo schiere
di fratelli

Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta

Raminghi per le terre
e per i mari
per un’Idea lasciammo
i nostri cari

Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta

Passiam di plebi varie
tra i dolori
de la nazione umana
i precursori

Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta

Ma torneranno Italia
i tuoi proscritti
ad agitar la face
dei diritti

Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

El miedo global

O texto que serve de base à canção é de Eduardo Galeano. A música é da Gran Orquesta Republicana, do álbum Abrazos, de 2004.

"Los que trabajan tienen miedo de perder el trabajo.
Los que no trabajan tienen miedo de no encontrar nunca trabajo.
Quien no tiene miedo al hambre, tiene miedo a la comida.
Los automovilistas tienen miedo a caminar
y los peatones tienen miedo de ser atropellados.
La democracia tiene miedo de recordar y el lenguaje tiene miedo de decir.
Los civiles tienen miedo a los militares,
los militares tienen miedo a la falta de armas,
las armas tienen miedo a la falta de guerras.
Es el tiempo del miedo.
Miedo de la mujer a la violencia del hombre
y miedo del hombre a la mujer sin miedo.
Miedo a los ladrones, miedo a la policía.
Miedo a la puerta sin cerradura,
al tiempo sin relojes, al niño sin televisión.
Miedo a la noche sin pastillas para dormir
y miedo al día sin pastillas para despertar.
Miedo a la multitud, miedo a la soledad,
miedo a lo que fue y a lo que puede ser,
miedo de morir, miedo de vivir....."

C'est dans la rue que ça se passe

Canção da companhia Jolie Môme (França), usada por vários movimentos e organizações de esquerda, desde que foi inventada para o 1 de Maio de 2009. Música-slogan pop para intervenção directa e defesa da luta de rua. Neste caso apenas a acompanhar fotografias, um vídeo da CNT francesa. Foi o que encontrámos com melhor som.



também usada este ano em solidariedade com a revolução tunisina...

directamente da praça Tahrir

canção cantada na praça Tahrir:

Rap da Tunísia pela revolução x2



mais canções para a revolução egípcia, de várias partes do mundo...



canções para o Egipto...





...e uma francesa para a Tunísia

Freedom now!

Max Roach, Abbey Lincoln, Coleman Hawkins e Olatunji gravaram em 1960 o disco We insist!- Freedom Now, manifesto do novo jazz ao lado da luta pela liberdade e a igualdade.

Aqui uma actuação filmada de Freedom Day.


e aqui, do disco, este magnífico Prayer/Protest/Peace:

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A vida é curta

De uma grande cantora, Abbey Lincoln. E grande ainda. A versão é de 2007, mas a canção é bastante anterior.



I think about the life I live
A figure made of clay
And think about the things I lost
The things I gave away

And when I'm in a certain mood
I search the house and look
One night I found these magic words
In a magic book

Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day

And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you

There's a hand to rock the cradle
And a hand to help us stand
With a gentle kind of motion
As it moves across the land

And the hand's unclenched and open
Gifts of life and love it brings
So keep your hand wide open
If you're needing anything

Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day

And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you

Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day

And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you

'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you

You can never ever lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you

Uma política da amizade

Este dueto de Archie Sheep com Abdulah Ibrahim (sax e piano) contém uma política da amizade. Amizade é coisa feita de desentendimentos e desalegrias mas também de constância e profunda cumplicidade. E aqui? Está em causa o agir livre, mas também a independência. A amizade é o oposto da identidade. Afortunadamente.

Para lá da canção

Mas se procuramos pela música militante francesa, temos de deparar com o percurso singular da cantora e compositora Colette Magny (1926-1997), que viajou por muitos géneros e abandonou a canção em favor de outra música, difícil de designar, mas só possível graças ao blues, à música improvisada e ao jazz negro mais politizado dos anos 60.
Eis um exemplo de um tema dessa época, do extraordinário disco "Repression". Magnyfico.

dói-me a França

Valota e Myra é um duo francês que merece atenção. Aqui fica o título mais provocador e político, à primeira vista - chama-se "J'ai mal a la France". O site deles é

http://www.valotamyra.com/