"Neste país, só há duas que cantam: Gal e eu." (refere-se a Gal Costa)
Algumas pistas para investigar:
Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis "anos de chumbo", quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública por meio de declarações ou nas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, teria afirmado que o Brasil era governado por gorilas.
Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro. Filiou-se no PT em 1981, um ano antes de morrer, aos 36 anos de idade.
Antes, terá dito:
"Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo".
E aqui fica uma bela canção, muito bem cantada e tocada:
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