Um tema de Chullage. Para os dias que correm e a luta a fazer.
já não dá (saímos para a rua) by beatweenus
Já não dá (saímos para a rua) - beat de brainkilla, co-produção dB e Hugo Alves. contem um sample de "Assim como quem nasce" - escrito por Paulo de Carvalho interpretado por Luisa Basto. Contem um sample de Eh companheiro de José Mário Branco. Artwork de Vhils.
Letra:
só cartas com contas
que já passaram o prazo
ainda não fiz compras do mês
e o puto não percebe o atraso
o telefone sempre a tocar
é a divida do automóvel
a sala esta vazia, já desisti do sofá e do móvel
um filho pra alimentar
e outro na barriga já se mexe
o seguro do carro esta a chegar
e este mês nem paguei a creche
já cortei com o café
vou cortar com os nits
agarrado a jornais
a meter curriculos em sites
só pra voltar a ouvir
que a vaga já foi preenchida
levar as mãos à cabeça
pensar pôr termo á vida
já pondero imigrar
pra França ou Angola
ou flashar entrar num banco
e aponta-los uma pistola
tornou-se um luxo ir jantar
levar a dama ao cinema
só falo por sms grátis
tornou-se luxo um telefonema
e a quem recorrer
se os bros tão todos na mema
pragados na rua
à procura de algum esquema
só vejo casas com placas
de leilão ou de venda
e a minha vai pelo mesmo andar
que eu já não aguento esta renda
e governo não dá as famlias
mas dá aos bancos bué pinlin
mais tarde ou mais cedo
dás com um broda a dormir
no banco dum jardim
e querem que um gajo mendigue
pela merda dum subsidio
parado na segurança social
onde o funcionário agride-o
e de repente
o povo ta perder o raciocínio
e admiram o aumento
de assaltos e assassinios
o pior é que nós e que sofremos
com os assaltos e assassinios
que esses filhos da puta estão protegidos
escondidos nos seus condominios
os verdadeiros assaltantes
entram no banco na maior
e saem com as maos no bolso do fato
e o dinheiro desviado pra um off-shore
não é atoa que estão a construir
mais cadeias
não é atoa que reforçam policias
pra nos matar à tareia
é que isto já esteve muito marado
mas isto nunca esteve assim
o people esta revoltado
eles têm medo dum motim
endividei-me pra pagar
propinas e um certificado
ter uma licenciatura
pra ficar desempregado
ou acabar num call center
ou caixa de supermercado
a trabalhar a recibos verdes
com 500 euros de ordenado
e no meio disto tudo
ainda sou privilegiado
porque a maioria do meu peoples
ta no muro encostado
quem estava em espanha voltou
acabou o el dorado
e arranjar um visto pra Angola
ta a ficar complicado
foderam esta merda toda
e é sempre e o povo é sacrificado
no proximo 25 de Abril
quero ver alguem enforcado
eles choram pelas acções
perdidas no PSI 20
meu people aqui chora
pela refeição seguinte
e mostram-nos pessoas
na porta do BPP a reclamar
meu peoples já fazem fila
na porta do banco alimentar
já não voto, porque o voto
não dá voto na matéria
politica pedrdeu a seriedade
e duvido que recupere-a
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Disseram-me "resigna-te", mas eu não pude e peguei outra vez na minha arma
Outra canção de resistência da Marly, agora pela própria
Les ennemies étaient chez moi
On m'a dit: "Résigne-toi",
Mais je n'ai pas pu.
Et j'ai repris mon arme.
Personne ne m'a demandé
D'ou je viens et où je vais
Vous qui le savez,
Effacez mon passage.
J'ai changé cent fois de nom
J'ai perdu femme et enfant
Mais j'ai tant d'amis
Et j'ai la France entière.
Un vieil homme dans un grenier
Pour la nuit nous a cachés
Les All'mands l'ont pris
Il est mort sans surprise
Hier encore nous étions trois
Il ne reste plus que moi
Et je tourne en rond
Dans la prison des frontières
Le vent souffle sur les tombes
Et la liberté reviendra
On nous oubliera!
Nous rentrerons dans l'ombre.
Les ennemies étaient chez moi
On m'a dit: "Résigne-toi",
Mais je n'ai pas pu.
Et j'ai repris mon arme.
Personne ne m'a demandé
D'ou je viens et où je vais
Vous qui le savez,
Effacez mon passage.
J'ai changé cent fois de nom
J'ai perdu femme et enfant
Mais j'ai tant d'amis
Et j'ai la France entière.
Un vieil homme dans un grenier
Pour la nuit nous a cachés
Les All'mands l'ont pris
Il est mort sans surprise
Hier encore nous étions trois
Il ne reste plus que moi
Et je tourne en rond
Dans la prison des frontières
Le vent souffle sur les tombes
Et la liberté reviendra
On nous oubliera!
Nous rentrerons dans l'ombre.
resistência, outra vez...
a canção de Anna Marly, aqui numa versão de Yves Montand
Ami, entends-tu le vol noir des corbeaux sur nos plaines ?
Ami, entends-tu les cris sourds du pays qu'on enchaîne ?
Ohé partisans, ouvriers et paysans, c'est l'alarme !
Ce soir l'ennemi connaîtra le prix du sang et des larmes.
Montez de la mine, descendez des collines, camarades,
Sortez de la paille les fusils, la mitraille, les grenades ;
Ohé les tueurs, à la balle et au couteau tuez vite !
Ohé saboteur, attention à ton fardeau, dynamite ...
C'est nous qui brisons les barreaux des prisons, pour nos frères,
La haine à nos trousses, et la faim qui nous pousse, la misère.
Il y a des pays où les gens au creux des lits font des rêves
Ici, nous, vois-tu, nous on marche et nous on tue, nous on crève.
Ici chacun sait ce qu'il veut, ce qu'il fait, quand il passe ;
Ami, si tu tombes, un ami sort de l'ombre à ta place.
Demain du sang noir séchera au grand soleil sur les routes,
Chantez, compagnons, dans la nuit la liberté nous écoute.
Ami, entends-tu les cris sourds du pays qu'on enchaîne ?
Ami, entends-tu le vol noir des corbeaux sur nos plaines ?
Oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh...
Ami, entends-tu le vol noir des corbeaux sur nos plaines ?
Ami, entends-tu les cris sourds du pays qu'on enchaîne ?
Ohé partisans, ouvriers et paysans, c'est l'alarme !
Ce soir l'ennemi connaîtra le prix du sang et des larmes.
Montez de la mine, descendez des collines, camarades,
Sortez de la paille les fusils, la mitraille, les grenades ;
Ohé les tueurs, à la balle et au couteau tuez vite !
Ohé saboteur, attention à ton fardeau, dynamite ...
C'est nous qui brisons les barreaux des prisons, pour nos frères,
La haine à nos trousses, et la faim qui nous pousse, la misère.
Il y a des pays où les gens au creux des lits font des rêves
Ici, nous, vois-tu, nous on marche et nous on tue, nous on crève.
Ici chacun sait ce qu'il veut, ce qu'il fait, quand il passe ;
Ami, si tu tombes, un ami sort de l'ombre à ta place.
Demain du sang noir séchera au grand soleil sur les routes,
Chantez, compagnons, dans la nuit la liberté nous écoute.
Ami, entends-tu les cris sourds du pays qu'on enchaîne ?
Ami, entends-tu le vol noir des corbeaux sur nos plaines ?
Oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh...
Há um fogo enorme no jardim da guerra
Há um fogo enorme no jardim da guerra
E os homens semeiam fagulhas na terra
Os homens passeiam co´os pés no carvão
que os deuses acendem luzindo um tição
Pra apagar o fogo vêm embaixadores
trazendo no peito água e extintores
Extinguem as vidas dos que caiem na rede
e dão água aos mortos que já não têm sede
Ao circo da guerra chegam piromagos
abrem grande a boca quando são bem pagos
soltam labaredas pela boca cariada
fogo que não arde nem queima nem nada
Senhores importantes fazem piqueniques
churrascam o frango no ardor dos despiques
Engolem sangria dos sangues fanados
E enxugam os beiços na pele dos queimados
É guerra de trapos no pulmão que cessa
do óleo cansado que arde depressa
Os homens maciços cavam-se por dentro
e o fogo penetra, vai directo ao centro
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
George censuré Brassens
Vendredi 27 mai, un gars de Rennes a été condamné à 40 h de TIG et 200 euros d'amende pour avoir chanté Hécatombe, la chanson de Brassens ci-dessous, du haut de son balcon. Hélas, trois bleus passaient en dessous.
(du blogue "cultivons l'alternative")
Eis a canção que a França não deixa cantar.
Voltam as censuras, as normas de conduta e as proibições. Para manter o "bom nome" das sagradas instituições.
(du blogue "cultivons l'alternative")
Eis a canção que a França não deixa cantar.
Voltam as censuras, as normas de conduta e as proibições. Para manter o "bom nome" das sagradas instituições.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
yo no canto por cantar
Yo no canto por cantar
ni por tener buena voz
canto porque la guitarra
tiene sentido y razon,
tiene corazon de tierra
y alas de palomita,
es como el agua bendita
santigua glorias y penas,
aqui se encajo mi canto
como dijera Violeta
guitarra trabajadora
con olor a primavera.
Que no es guitarra de ricos
ni cosa que se parezca
mi canto es de los andamios
para alcanzar las estrellas,
que el canto tiene sentido
cuando palpita en las venas
del que morira cantando
las verdades verdaderas,
no las lisonjas fugaces
ni las famas extranjeras
sino el canto de una alondra
hasta el fondo de la tierra.
Ahi donde llega todo
y donde todo comienza
canto que ha sido valiente
siempre sera cancion nueva.
terça-feira, 14 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
Canção do desporto (para debate)
Para discutir: música, cinema e desporto como armas para o combate político revolucionário e para a tomada de consciência do poder dos trabalhadores.
A música é de Hanns Eisler, o argumento do filme (Kuhle Wampe, de 1932) é de Bertold Brecht, a realização do filme é colectiva mas dirigida por Slatan Dudow.
A música é de Hanns Eisler, o argumento do filme (Kuhle Wampe, de 1932) é de Bertold Brecht, a realização do filme é colectiva mas dirigida por Slatan Dudow.
Brecht cantando
Music: Kurt Weill
Lyrics: Bertolt Brecht
Sung by Bertolt Brecht
Der Mensch lebt durch den Kopf
der Kopf reicht ihm nicht aus
versuch es nur; von deinem Kopf
lebt höchstens eine Laus.
Denn für dieses Leben
ist der Mensch nicht schlau genug
niemals merkt er eben
jeden Lug und Trug.
Ja; mach nur einen Plan
sei nur ein großes Licht!
Und mach dann noch´nen zweiten Plan
gehn tun sie beide nicht.
Denn für dieses Leben
ist der Mensch nicht schlecht genug:
doch sein höch´res Streben
ist ein schöner Zug.
Ja; renn nur nach dem Glück
doch renne nicht zu sehr!
Denn alle rennen nach dem Glück
Das Glück rennt hinterher.
Denn für dieses Leben
ist der Mensch nicht anspruchslos genug
drum ist all sein Streben
nur ein Selbstbetrug.
Der Mensch ist gar nicht gut
drum hau ihn auf den Hut
hast du ihn auf den Hut gehaut
dann wird er vielleicht gut.
Denn für dieses Leben
ist der Mensch nicht gut genug
darum haut ihn eben
ruhig auf den Hut.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Jenny Pirata
Uma canção perturbante e violenta cantada por Lotte Lenya, no filme de Pabst.
Letra de Bertold Brecht. Música de Kurt Weill.
Letra de Bertold Brecht. Música de Kurt Weill.
terça-feira, 24 de maio de 2011
democracia real mayo 2011
imagens e sons do movimento 15 de Maio em Espanha:
em Barcelona:
em Londres:
em Lisboa:
em Amsterdão:
em Milão:
em Roma:
em Paris:
em Barcelona:
em Londres:
em Lisboa:
em Amsterdão:
em Milão:
em Roma:
em Paris:
domingo, 22 de maio de 2011
a ópera já foi revolucionária
Act 1 - Scene 9
GEFANGENEN
O, welche Lust!
in freier Luft den Atem
leicht zu heben, O, welche Lust!
nur hier, nur hier ist Leben,
der Kerker eine Gruft, eine Gruft!
ERSTER GEFANGENE
Wir wollen mit Vertrauen
auf Gottes Hülfe,
auf Gottes Hülfe bauen,
die Hoffnung flüstert sanft mir zu,
wir werden frei, wir finden Ruh,
wir finden Ruh'.
GEFANGENEN
O Himmel Rettung,
welch ein Glück,
o Freiheit, o Freiheit,
kehrst du zurück?
ZWEITE GEFANGENE
Sprecht leise, haltet euch zurück,
wir sind belauscht mir
Ohr und Blick.
GEFANGENEN
Sprecht leise, haltet euch zurück,
wir sind belauscht mir
Ohr und Blick.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
cultura e civilização
Gal Costa fez coisas assim em 1969. A canção é de Gilberto Gil.
Não é preciso agora outra vez alguma desta força e desta liberdade?
Contanto que me deixem ficar com a minha vida na mão.
A cultura, a civilização
Elas que se danem
Ou não
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu licor de jenipapo
O papo
Das noites de São João
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu cabelo belo
Meu cabelo belo
Como a juba de um leão
Contanto que me deixem
Ficar na minha
Contanto que me deixem
Ficar com minha vida na mão
Minha vida na mão
Minha vida
A cultura, a civilização
Elas que se danem
Ou não
Eu gosto mesmo
É de comer com coentro
Eu gosto mesmo
É de ficar por dentro
Como eu estive algum tempo
Na barriga de Claudina
Uma velha baiana
Cem por cento
Não é preciso agora outra vez alguma desta força e desta liberdade?
Contanto que me deixem ficar com a minha vida na mão.
A cultura, a civilização
Elas que se danem
Ou não
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu licor de jenipapo
O papo
Das noites de São João
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu cabelo belo
Meu cabelo belo
Como a juba de um leão
Contanto que me deixem
Ficar na minha
Contanto que me deixem
Ficar com minha vida na mão
Minha vida na mão
Minha vida
A cultura, a civilização
Elas que se danem
Ou não
Eu gosto mesmo
É de comer com coentro
Eu gosto mesmo
É de ficar por dentro
Como eu estive algum tempo
Na barriga de Claudina
Uma velha baiana
Cem por cento
a propósito de elis
"Neste país, só há duas que cantam: Gal e eu." (refere-se a Gal Costa)
Algumas pistas para investigar:
Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis "anos de chumbo", quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública por meio de declarações ou nas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, teria afirmado que o Brasil era governado por gorilas.
Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro. Filiou-se no PT em 1981, um ano antes de morrer, aos 36 anos de idade.
Antes, terá dito:
"Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo".
E aqui fica uma bela canção, muito bem cantada e tocada:
Algumas pistas para investigar:
Elis Regina criticou muitas vezes a ditadura brasileira, nos difíceis "anos de chumbo", quando muitos músicos foram perseguidos e exilados. A crítica tornava-se pública por meio de declarações ou nas canções que interpretava. Em entrevista, no ano de 1969, teria afirmado que o Brasil era governado por gorilas.
Sempre engajada politicamente, Elis participou de uma série de movimentos de renovação política e cultural brasileira, com voz ativa da campanha pela Anistia de exilados brasileiros. O despertar de uma postura artística engajada e com excelente repercussão acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações consagradas de O bêbado e a equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), a qual vibrava como o hino da anistia. A canção coroou a volta de personalidades brasileiras do exílio, a partir de 1979. Um deles, citado na canção, era o irmão do Henfil, o Betinho, importante sociólogo brasileiro. Filiou-se no PT em 1981, um ano antes de morrer, aos 36 anos de idade.
Antes, terá dito:
"Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo".
E aqui fica uma bela canção, muito bem cantada e tocada:
alô, alô, marciano
Composição : Rita Lee/Roberto de Carvalho
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society
Alô, alô, marciano
A crise tá virando zona
Cada um por si todo mundo na lona
E lá se foi a mordomia
Tem muito rei aí pedindo alforria porque
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society
Alô, alô, marciano
A coisa tá ficando russa
Muita patrulha, muita bagunça
O muro começou a pichar
Tem sempre um aiatolá pra atola Alá
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society
Alô, alô, marciano
Aqui quem fala é da Terra
Pra variar estamos em guerra
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura porque
Tá cada vez mais down o high society
Down, down, down
O high society
sábado, 30 de abril de 2011
El pueblo unido...
Rzewski, início das 36 variações sobre o tema de Sérgio Ortega, "El pueblo unido jamás será vencido":
sexta-feira, 29 de abril de 2011
A gente não quer só comida
Uma das mais interessantes letras dos Titãs, do disco "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas", o quarto álbum de estúdio da banda brasileira de rock, lançado em 1987.
Bebida é água! Comida é pasto!
Você tem sede de que? Você tem fome de quê?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida Diversão, bale
A gente não quer só comida
A gente quer a vida Como a vida quer...
Bebida é água! Comida é pasto!
Você tem sede de que? Você tem fome de quê?...
A gente não quer só comer
A gente quer comer E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer Prá aliviar a dor...
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer dinheiro E felicidade
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer inteiro E não pela metade...
Bebida é água! Comida é pasto!
Você tem sede de que? Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida Diversão, bale
A gente não quer só comida
A gente quer a vida Como a vida quer...
A gente não quer só comer
A gente quer comer E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer Prá aliviar a dor...
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer dinheiro E felicidade
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer inteiro E não pela metade...
Diversão e arte Para qualquer parte
Diversão, balé Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...
Bebida é água! Comida é pasto!
Você tem sede de que? Você tem fome de quê?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida Diversão, bale
A gente não quer só comida
A gente quer a vida Como a vida quer...
Bebida é água! Comida é pasto!
Você tem sede de que? Você tem fome de quê?...
A gente não quer só comer
A gente quer comer E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer Prá aliviar a dor...
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer dinheiro E felicidade
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer inteiro E não pela metade...
Bebida é água! Comida é pasto!
Você tem sede de que? Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída Para qualquer parte...
A gente não quer só comida
A gente quer bebida Diversão, bale
A gente não quer só comida
A gente quer a vida Como a vida quer...
A gente não quer só comer
A gente quer comer E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer Prá aliviar a dor...
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer dinheiro E felicidade
A gente não quer Só dinheiro
A gente quer inteiro E não pela metade...
Diversão e arte Para qualquer parte
Diversão, balé Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Abd al Malik
Abd al Malik, birth name Régis Fayette-Mikano (Paris, 14 March 1975) is a French rapper and spoken word artist of Congolese origin. He took part in the group NAP (New African Poets). In 1999, he converted to Islam. He is married to French Moroccan singer Wallen with whom he has a child. He is signed with Universal Music France.
Born in Paris in 1975 , Abd al Malik , he and his 6 brother and sister moved to Brazzaville , Congo from 1977 to 1981 before coming back in France in Strasbourg.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui pleure un rêve qui prendra vie, une fois passé Gibraltar.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui se d'mande si l'histoire le retiendra comme celui qui portait le nom de cette montagne.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui meurt sa vie bête de "gangsta rappeur" mais ...
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune homme qui va naître, qui va être celui qu'les tours empêchaient d'être.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui boit, dans ce bar où les espoirs se bousculent, une simple canette de Fanta.
Il cherche comme un chien sans collier le foyer qu'il n'a en fait jamais eu, et se dit que p't-être, bientôt, il ne cherchera plus.
Et ça rit autour de lui, et ça pleure au fond de lui.
Faut rien dire et tout est dit, et soudain ... soudain il s'fait derviche tourneur,
Il danse sur le bar, il danse, il n'a plus peur, enfin il hurle comme un fakir, de la vie devient disciple.
Sur le détroit de Gibraltar y'a un jeune noir qui prend vie, qui chante, dit enfin « je t'aime » à cette vie.
Puis les autres le sentent, le suivent, ils veulent être or puisqu'ils sont cuivre.
Comme ce soleil qui danse, ils veulent se gorger d'étoiles, et déchirer à leur tour cette peur qui les voile.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui n'est plus esclave, qui crie comme les braves, même la mort n'est plus entrave.
Il appelle au courage celles et ceux qui n'ont plus confiance, il dit : "ramons tous à la même cadence !!!".
Dans le bar, y'a un pianiste et le piano est sur les genoux, le jeune noir tape des mains, hurle comme un fou.
Fallait qu'elle sorte cette haine sourde qui le tenait en laisse, qui le démontait pièce par pièce.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui enfin voit la lune le pointer du doigt et le soleil le prendre dans ses bras.
Maintenant il pleure de joie, souffle et se rassoit.
Désormais l'Amour seul, sur lui a des droits.
Sur le détroit de Gibraltar, un jeune noir prend ses valises, sort du piano bar et change ses quelques devises,
Encore gros d'émotion il regarde derrière lui et embarque sur le bateau.
Il n'est pas réellement tard, le soleil est encore haut.
Du détroit de Gibraltar, un jeune noir vogue, vogue vers le Maroc tout proche.
Vogue vers ce Maroc qui fera de lui un homme ...
Sur le détroit de Gibraltar … sur le détroit de Gibraltar …
Vogue, vogue vers le merveilleux royaume du Maroc,
Sur le détroit de Gibraltar, vogue, vogue vers le merveilleux royaume du Maroc …
Born in Paris in 1975 , Abd al Malik , he and his 6 brother and sister moved to Brazzaville , Congo from 1977 to 1981 before coming back in France in Strasbourg.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui pleure un rêve qui prendra vie, une fois passé Gibraltar.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui se d'mande si l'histoire le retiendra comme celui qui portait le nom de cette montagne.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui meurt sa vie bête de "gangsta rappeur" mais ...
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune homme qui va naître, qui va être celui qu'les tours empêchaient d'être.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui boit, dans ce bar où les espoirs se bousculent, une simple canette de Fanta.
Il cherche comme un chien sans collier le foyer qu'il n'a en fait jamais eu, et se dit que p't-être, bientôt, il ne cherchera plus.
Et ça rit autour de lui, et ça pleure au fond de lui.
Faut rien dire et tout est dit, et soudain ... soudain il s'fait derviche tourneur,
Il danse sur le bar, il danse, il n'a plus peur, enfin il hurle comme un fakir, de la vie devient disciple.
Sur le détroit de Gibraltar y'a un jeune noir qui prend vie, qui chante, dit enfin « je t'aime » à cette vie.
Puis les autres le sentent, le suivent, ils veulent être or puisqu'ils sont cuivre.
Comme ce soleil qui danse, ils veulent se gorger d'étoiles, et déchirer à leur tour cette peur qui les voile.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui n'est plus esclave, qui crie comme les braves, même la mort n'est plus entrave.
Il appelle au courage celles et ceux qui n'ont plus confiance, il dit : "ramons tous à la même cadence !!!".
Dans le bar, y'a un pianiste et le piano est sur les genoux, le jeune noir tape des mains, hurle comme un fou.
Fallait qu'elle sorte cette haine sourde qui le tenait en laisse, qui le démontait pièce par pièce.
Sur le détroit de Gibraltar, y'a un jeune noir qui enfin voit la lune le pointer du doigt et le soleil le prendre dans ses bras.
Maintenant il pleure de joie, souffle et se rassoit.
Désormais l'Amour seul, sur lui a des droits.
Sur le détroit de Gibraltar, un jeune noir prend ses valises, sort du piano bar et change ses quelques devises,
Encore gros d'émotion il regarde derrière lui et embarque sur le bateau.
Il n'est pas réellement tard, le soleil est encore haut.
Du détroit de Gibraltar, un jeune noir vogue, vogue vers le Maroc tout proche.
Vogue vers ce Maroc qui fera de lui un homme ...
Sur le détroit de Gibraltar … sur le détroit de Gibraltar …
Vogue, vogue vers le merveilleux royaume du Maroc,
Sur le détroit de Gibraltar, vogue, vogue vers le merveilleux royaume du Maroc …
Os perdedores têm uma voz
Rap de La rumeur, de 1998. Já passaram 13 anos.
[Philippe]
C'est de mieux en mieux, regarde nos putains de banlieues : les vieux se cachent, les jeunes saccagent et foutent le feu. Ça sent le pneu qui crame, ça sent le jeune qui rame, y'a que des crânes chauves ; y'a quelque chose qui se trame autour de Paname. Si c'est comme Mé-ha, j'ai plus que ça à faire, j'attends que tout le monde me téma avant de foutre ma deu-mère. J'ai le feu vert, carte blanche, s'il faut je vole mais je fais pas la manche pour ne pas finir entre quatre planches. Voilà, je vais pas me rendre, je préfère délier les langues, faire parler les bavards avant qu'on ne les pende. Y'a trop à apprendre, mais qui nous place des œillères ? Eteins cette putain de télé, t'y verras sûrement plus clair. Où je me place ? En marge de ce qu'on nous offre. Et si un jour je brasse, c'est pas pour gonfler leur coffre, je me casse, je débarrasse le plancher. La banque de France peut me ficher, pour l'instant je suis creux et comme les blés je suis fauché.
[Ekoué]
1.9.9.8., putain comment ça passe vite ! Un an déjà, en tout cas ça nous rajeunit pas. Mais bon la suite, tu connais ou tu la découvres avec ce deuxième volet, toi qui suis l'évolution de près. Tu sais quoi ? Si pour faire de la maille faut jouer le bouffon, le cobaye, la grosse tapette ou la grosse racaille, on a vite fait de voir qui d'entre nous s'égare de trop. Et c'est les mêmes bâtards qui font du fric sur notre dos : du torchon d'hebdomadaire pour jeunes en mal de clichés, aux putes de journaleux qui cherchent l'erreur pour nous casser. Au contraire, s'écarter des lumières des projecteurs pour comprendre qui fait quoi, et en temps et en heure à qui ça revient de droit. C'est tout, et c'est déjà beaucoup. Ça demande du taff, de parler en son nom et de mettre des baffes. Tant que le fond sonne vrai et que la forme y est, à toi de voir si ça tue. Et même si le reste après ça nous regarde plus, autant de bruit avec si peu de moyens suffisent à tégra le plus possible ceux qui ont mais n'ont rien à foutre dans ce biz. Sinon, se rendre à l'évidence sans nous mettre la pression, ou laisse les clefs de la boutique dans la boîte à lettres de tonton. C'est ça : se servir de ce qui est construit, réinvestir dans ce qu'ils nous ont laissé. En ce qui me concerne, moi, j'empoisonne l'instru quel qu'il soit ; sur n'importe lequel je te suis mais pas avec n'importe quoi.
Refrain
Les perdants ont une voix et ils s'en servent. La Rumeur en fera chier des pendules à ceux que ça énerve.
[Mourad]
Viens dans mon quartier, là où les blocs s'abîment. Un sentiment de délaissement pesant qui s'imprime dans un enchaînement qui tend à foutre en l'air une cité. Les concernés sont sourds, ne veulent rien faire, laissent traîner. Les questions sont posées seulement si la dégradation est trop visible. Quelles sont les causes de la contagion ? Humeur sale, le je-m'en-foutisme s'attaque au milieu, grave ses stigmates sur les murs et les poubelles en feu. Gratter les fonds de tiroirs, c'est pas mon keutru. Partage du fleuz, boulot, ne pas avoir une vie trop redu. En fait, c'est tout vu roya, c'est ça ou finir par voir le moisi ronger la ville, ouara. S'extirper du carcan qui inconsciemment se construit. Pas de vérité : le mensonge n'est pas ailleurs mais ici. Une anesthésie locale peut-être souhaitée. Ne rien voir, mais la fange tâche et crève les yeux. Général foutoir.
[Hamé]
Un vautour frappe tous les jours à la porte. Les bols de soupe s'exportent, à l'heure où trop de putes jouent la carte de l'assimilation, où il reste de bon ton de susurrer de pauvres rimes foireuses au micro quand des bâtards assermentés nous tirent en groupe dans le dos. Puisque nos semelles trempent dans le bourbier, pas question qu'à la clef on ne leur fasse pas profiter de ces odeurs de puanteurs. Viens renifler du côté de La Rumeur, ça empeste les dépotoirs de France où se déchaîne son arrogance ou ses chars chargés d'immondices déversés sur nos gueules. Et le vice qui anime ces opérations de lynchage ont eut cet avantage de nous découvrir très tôt son vrai visage. Je te promets, y'a tout à balancer. Irriter la trachée artère des mensonges qu'il bâtissent comme un méchant mégot de Gitane maïs. Mais pourvu que me version plébéienne reste entière. Mais pourvu qu'on puisse immortaliser ça à des milliers d'exemplaires.
[Philippe]
C'est de mieux en mieux, regarde nos putains de banlieues : les vieux se cachent, les jeunes saccagent et foutent le feu. Ça sent le pneu qui crame, ça sent le jeune qui rame, y'a que des crânes chauves ; y'a quelque chose qui se trame autour de Paname. Si c'est comme Mé-ha, j'ai plus que ça à faire, j'attends que tout le monde me téma avant de foutre ma deu-mère. J'ai le feu vert, carte blanche, s'il faut je vole mais je fais pas la manche pour ne pas finir entre quatre planches. Voilà, je vais pas me rendre, je préfère délier les langues, faire parler les bavards avant qu'on ne les pende. Y'a trop à apprendre, mais qui nous place des œillères ? Eteins cette putain de télé, t'y verras sûrement plus clair. Où je me place ? En marge de ce qu'on nous offre. Et si un jour je brasse, c'est pas pour gonfler leur coffre, je me casse, je débarrasse le plancher. La banque de France peut me ficher, pour l'instant je suis creux et comme les blés je suis fauché.
[Ekoué]
1.9.9.8., putain comment ça passe vite ! Un an déjà, en tout cas ça nous rajeunit pas. Mais bon la suite, tu connais ou tu la découvres avec ce deuxième volet, toi qui suis l'évolution de près. Tu sais quoi ? Si pour faire de la maille faut jouer le bouffon, le cobaye, la grosse tapette ou la grosse racaille, on a vite fait de voir qui d'entre nous s'égare de trop. Et c'est les mêmes bâtards qui font du fric sur notre dos : du torchon d'hebdomadaire pour jeunes en mal de clichés, aux putes de journaleux qui cherchent l'erreur pour nous casser. Au contraire, s'écarter des lumières des projecteurs pour comprendre qui fait quoi, et en temps et en heure à qui ça revient de droit. C'est tout, et c'est déjà beaucoup. Ça demande du taff, de parler en son nom et de mettre des baffes. Tant que le fond sonne vrai et que la forme y est, à toi de voir si ça tue. Et même si le reste après ça nous regarde plus, autant de bruit avec si peu de moyens suffisent à tégra le plus possible ceux qui ont mais n'ont rien à foutre dans ce biz. Sinon, se rendre à l'évidence sans nous mettre la pression, ou laisse les clefs de la boutique dans la boîte à lettres de tonton. C'est ça : se servir de ce qui est construit, réinvestir dans ce qu'ils nous ont laissé. En ce qui me concerne, moi, j'empoisonne l'instru quel qu'il soit ; sur n'importe lequel je te suis mais pas avec n'importe quoi.
Refrain
Les perdants ont une voix et ils s'en servent. La Rumeur en fera chier des pendules à ceux que ça énerve.
[Mourad]
Viens dans mon quartier, là où les blocs s'abîment. Un sentiment de délaissement pesant qui s'imprime dans un enchaînement qui tend à foutre en l'air une cité. Les concernés sont sourds, ne veulent rien faire, laissent traîner. Les questions sont posées seulement si la dégradation est trop visible. Quelles sont les causes de la contagion ? Humeur sale, le je-m'en-foutisme s'attaque au milieu, grave ses stigmates sur les murs et les poubelles en feu. Gratter les fonds de tiroirs, c'est pas mon keutru. Partage du fleuz, boulot, ne pas avoir une vie trop redu. En fait, c'est tout vu roya, c'est ça ou finir par voir le moisi ronger la ville, ouara. S'extirper du carcan qui inconsciemment se construit. Pas de vérité : le mensonge n'est pas ailleurs mais ici. Une anesthésie locale peut-être souhaitée. Ne rien voir, mais la fange tâche et crève les yeux. Général foutoir.
[Hamé]
Un vautour frappe tous les jours à la porte. Les bols de soupe s'exportent, à l'heure où trop de putes jouent la carte de l'assimilation, où il reste de bon ton de susurrer de pauvres rimes foireuses au micro quand des bâtards assermentés nous tirent en groupe dans le dos. Puisque nos semelles trempent dans le bourbier, pas question qu'à la clef on ne leur fasse pas profiter de ces odeurs de puanteurs. Viens renifler du côté de La Rumeur, ça empeste les dépotoirs de France où se déchaîne son arrogance ou ses chars chargés d'immondices déversés sur nos gueules. Et le vice qui anime ces opérations de lynchage ont eut cet avantage de nous découvrir très tôt son vrai visage. Je te promets, y'a tout à balancer. Irriter la trachée artère des mensonges qu'il bâtissent comme un méchant mégot de Gitane maïs. Mais pourvu que me version plébéienne reste entière. Mais pourvu qu'on puisse immortaliser ça à des milliers d'exemplaires.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Paris levanta-se
letra de Jacques Le Glou sobre o Maio de 68 para uma canção famosa de Jacques Dutronc.
terça-feira, 12 de abril de 2011
os blues e a política do diabo
Robert Johnson, num vídeo animado.
Nada disto era estranho aos Rolling Stones:
Nada disto era estranho aos Rolling Stones:
you've got to stand
Canção emancipatória gay, contra o preconceito, menos conhecida do que outras dos Communards. No fundo é uma simples canção de solidariedade, para não te sentires só.
Para ajudar a levantar a cabeça.
O vídeo é "subtil" e kitsch. A canção chama-se "Disenchanted". É de 1986.
So, boy where you go, what you do,
Hey there boy what is wrong with
you?
No future, no hope, just broken
dreams,
You spend your days wondering why
Chorus:
I'll be your friend, I'll be around
I'll be everything you need
I'll be your friend, I'll be around
I'll be everything you need
Hey young man, why you cry
Don't you know, you've got to try
A little bit harder, you've got to stand
On your own two feet
Never let them drag you down
Hey there boy
This prejudice and ignorance we can
overcome
(chorus)
Disenchanted angry young man (x4)
I'll never let you down
Never let you down
So boy now you know what to do,
hey there boy don't be blue
There's future, there's hope, hope for
you
Hey young man just believe in what
you do.
(chorus)
Pride is something good for you
Believe in yourself.
Para ajudar a levantar a cabeça.
O vídeo é "subtil" e kitsch. A canção chama-se "Disenchanted". É de 1986.
So, boy where you go, what you do,
Hey there boy what is wrong with
you?
No future, no hope, just broken
dreams,
You spend your days wondering why
Chorus:
I'll be your friend, I'll be around
I'll be everything you need
I'll be your friend, I'll be around
I'll be everything you need
Hey young man, why you cry
Don't you know, you've got to try
A little bit harder, you've got to stand
On your own two feet
Never let them drag you down
Hey there boy
This prejudice and ignorance we can
overcome
(chorus)
Disenchanted angry young man (x4)
I'll never let you down
Never let you down
So boy now you know what to do,
hey there boy don't be blue
There's future, there's hope, hope for
you
Hey young man just believe in what
you do.
(chorus)
Pride is something good for you
Believe in yourself.
A comuna de Paris 140
A Comuna de Paris foi há 140 anos!
(de 18 de Março a 28 de Maio de 1871)!
Uma canção de Pottier, "Elle n'est pas morte". Interpretação de Germaine Montero.
Ela não canta a letra toda...
On l'a tuée à coups de Chassepot
A coups de mitrailleuse
Et roulée avec son drapeau
Dans la terre argileuse
Et la tourbe des bourreaux gras
Se croyait la plus forte
{Refrain, x2}
Tout ça n'empêche pas, Nicolas,
Qu' la Commune n'est pas morte !
Comme faucheurs rasant un pré
Comme on abat des pommes
Les Versaillais ont massacré
Pour le moins cent mille hommes
Et les cent mille assassinats
Voyez ce que ça rapporte
{au Refrain, x2}
On a bien fusillé Varlin,
Flourens, Duval, Millière,
Ferré, Rigault, Tony Moilin,
Gavé le cimetière.
On croyait lui couper les bras
Et lui vider l'aorte
{au Refrain, x2}
Ils ont fait acte de bandits
Comptant sur le silence
Achevé les blessés dans leur lit
Dans leur lit d'ambulance
Et le sang inondant les draps
Ruisselait sous la porte
{au Refrain, x2}
Les journalistes policiers
Marchands de calomnies
Ont répandu sur nos charniers
Leurs flots d'ignominie
Les Maxime Ducamp, les Dumas
Ont vomi leur eau-forte
{au Refrain, x2}
C'est la hache de Damoclès
Qui plane sur leurs têtes
A l'enterrement de Vallès
Ils en étaient tout bêtes
Fait est qu'on était un fier tas
A lui servir d'escorte
{x2:}
C'qui prouve en tous cas, Nicolas,
Qu' la Commune n'est pas morte !
Bref, tout ça prouve au combattant
Qu' Marianne a la peau brune
Du chien dans l'ventre et qu'il est temps
D'crier "Vive la Commune !"
Et ça prouve à tous les Judas
Qu' si ça marche de la sorte
{x2:}
Ils sentiront dans peu, nom de Dieu,
Qu'la Commune n'est pas morte !
(de 18 de Março a 28 de Maio de 1871)!
Uma canção de Pottier, "Elle n'est pas morte". Interpretação de Germaine Montero.
Ela não canta a letra toda...
On l'a tuée à coups de Chassepot
A coups de mitrailleuse
Et roulée avec son drapeau
Dans la terre argileuse
Et la tourbe des bourreaux gras
Se croyait la plus forte
{Refrain, x2}
Tout ça n'empêche pas, Nicolas,
Qu' la Commune n'est pas morte !
Comme faucheurs rasant un pré
Comme on abat des pommes
Les Versaillais ont massacré
Pour le moins cent mille hommes
Et les cent mille assassinats
Voyez ce que ça rapporte
{au Refrain, x2}
On a bien fusillé Varlin,
Flourens, Duval, Millière,
Ferré, Rigault, Tony Moilin,
Gavé le cimetière.
On croyait lui couper les bras
Et lui vider l'aorte
{au Refrain, x2}
Ils ont fait acte de bandits
Comptant sur le silence
Achevé les blessés dans leur lit
Dans leur lit d'ambulance
Et le sang inondant les draps
Ruisselait sous la porte
{au Refrain, x2}
Les journalistes policiers
Marchands de calomnies
Ont répandu sur nos charniers
Leurs flots d'ignominie
Les Maxime Ducamp, les Dumas
Ont vomi leur eau-forte
{au Refrain, x2}
C'est la hache de Damoclès
Qui plane sur leurs têtes
A l'enterrement de Vallès
Ils en étaient tout bêtes
Fait est qu'on était un fier tas
A lui servir d'escorte
{x2:}
C'qui prouve en tous cas, Nicolas,
Qu' la Commune n'est pas morte !
Bref, tout ça prouve au combattant
Qu' Marianne a la peau brune
Du chien dans l'ventre et qu'il est temps
D'crier "Vive la Commune !"
Et ça prouve à tous les Judas
Qu' si ça marche de la sorte
{x2:}
Ils sentiront dans peu, nom de Dieu,
Qu'la Commune n'est pas morte !
um passarinho do Seixal lembrou-me esta canção
A música é de José Niza.
O poema é de António Gedeão:
Fala do Homem Nascido
Venho da terra assombrada,
Do ventre de minha mãe;
Não pretendo roubar nada
Nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui,
Que eu nem sequer fui ouvido
No acto de que nasci.
Trago boca para comer
E olhos para desejar.
Tenho pressa de viver,
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
Não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
Solta o pano rumo ao norte;
Meu desejo é passaporte
Para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
Nem marés que não convenham,
Nem forças que me molestem,
Correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
Que a Natureza sou eu,
E as forças da Natureza
Nunca ninguém as venceu.
Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à estrela polar.
terça-feira, 5 de abril de 2011
com liberdade para sermos felizes
Bonga, aliás José Adelino Barceló de Carvalho, nasceu em Angola em 1942. Foi perseguido pela PIDE pelas suas posições e canções contra o colonialismo. Esteve exilado na Holanda. Foi também um grande campeão de atletismo (100, 200, 400 metros).
Para uma parte da sua história, ler aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bonga
Uma canção do seu álbum "Angola 1972", proibido em Portugal.
E Mariquinha, um dos seus maiores êxitos, onde se canta "com liberdade para sermos felizes"
Para uma parte da sua história, ler aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bonga
Uma canção do seu álbum "Angola 1972", proibido em Portugal.
E Mariquinha, um dos seus maiores êxitos, onde se canta "com liberdade para sermos felizes"
quinta-feira, 17 de março de 2011
Ils ont peur de la liberté/They are afraid of freedom/Eles têm medo da liberdade
Keny Arkana, rapper de origem argentina, nasceu em 1982 em Marselha. Começou aos 14 anos a rappar para os amigos. Lançou o primeiro disco em 2004. Entretanto criou o grupo La Rage du Peuple.
Mais informações no site dela: http://www.keny-arkana.com/
Uma canção de 2006, do álbum "Entre ciment et belle étoile":
Mais informações no site dela: http://www.keny-arkana.com/
Uma canção de 2006, do álbum "Entre ciment et belle étoile":
domingo, 6 de março de 2011
which side are you on?
De que lado estás?
A canção original é de Florence Reece.
Da wikipedia:
Florence Reece (née Patton; b. April 12, 1900, d. August 3, 1986) was an American social activist, poet, and folksong writer. Born in Sharps Chapel, Tennessee the daughter and wife of coal miners, she is best known for the song, "Which Side Are You On?" written in 1931 during a strike by the United Mine Workers of America in which her husband, Sam Reece, was an organizer.
Pete Seeger, collecting labor union songs, learned "Which Side Are You On" in 1940. The following year, it was recorded by the Almanac Singers in a version that gained a wide audience. More recently, Billy Bragg, Dropkick Murphys, and Natalie Merchant each recorded their own interpretations of the song.
Alan Lomax, writing in the American Folk Song Book (1968), says "Florence Reece, a shy, towheaded Kentucky miner's daughter, composed this song at the age of 12 when her father was out on strike. She sang it me standing in front of the primitive hearth of a log cabin in the backwoods of Kentucky in 1937 and it has since become a national union song." (...)
Note-se que o artigo da wikipedia conta duas versões diferentes relativamente à origem da canção.
Come all of you poor workers,
Good news to you I’ll tell,
Of how that good old union
Has come in here to dwell.
Which side are you on?
Which side are you on?
Which side are you on?
Which side are you on?
My daddy was a miner,
And I’m a miner’s son,
And I’ll stick with the union,
Till every battle’s won.
They say in Harlan County,
There are no neutrals there.
You’ll either be a union man,
Or a thug for J.H. Blair.
Oh, workers can you stand it?
Oh, tell me how you can.
Will you be a lousy scab,
Or will you be a man ?
Don’t scab for the bosses,
Don’t listen to their lies.
Us poor folks haven’t got a chance,
Unless we organize.
A canção original é de Florence Reece.
Da wikipedia:
Florence Reece (née Patton; b. April 12, 1900, d. August 3, 1986) was an American social activist, poet, and folksong writer. Born in Sharps Chapel, Tennessee the daughter and wife of coal miners, she is best known for the song, "Which Side Are You On?" written in 1931 during a strike by the United Mine Workers of America in which her husband, Sam Reece, was an organizer.
Pete Seeger, collecting labor union songs, learned "Which Side Are You On" in 1940. The following year, it was recorded by the Almanac Singers in a version that gained a wide audience. More recently, Billy Bragg, Dropkick Murphys, and Natalie Merchant each recorded their own interpretations of the song.
Alan Lomax, writing in the American Folk Song Book (1968), says "Florence Reece, a shy, towheaded Kentucky miner's daughter, composed this song at the age of 12 when her father was out on strike. She sang it me standing in front of the primitive hearth of a log cabin in the backwoods of Kentucky in 1937 and it has since become a national union song." (...)
Note-se que o artigo da wikipedia conta duas versões diferentes relativamente à origem da canção.
Come all of you poor workers,
Good news to you I’ll tell,
Of how that good old union
Has come in here to dwell.
Which side are you on?
Which side are you on?
Which side are you on?
Which side are you on?
My daddy was a miner,
And I’m a miner’s son,
And I’ll stick with the union,
Till every battle’s won.
They say in Harlan County,
There are no neutrals there.
You’ll either be a union man,
Or a thug for J.H. Blair.
Oh, workers can you stand it?
Oh, tell me how you can.
Will you be a lousy scab,
Or will you be a man ?
Don’t scab for the bosses,
Don’t listen to their lies.
Us poor folks haven’t got a chance,
Unless we organize.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
52 cordas
Composição de Penderecki de 1960 para 52 cordas, dedicada às vítimas de Hiroshima para, segundo o compositor, "expressar a minha crença profunda que o sacrifício de Hiroshima nunca será esquecido ou perdido".
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
freedom/justice/equality
Freedom, justice, equality... mas aqui é uma exigência tão suave...
Quem é este Al Campbell?
Vamos procurar.
Quem é este Al Campbell?
Vamos procurar.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
contra o despertador e a política do desemprego
Uma das primeiras canções dos Censurados, "É difícil". A letra nem sequer é muito imaginativa. Mas no punk rock, isto compensa-se com atitude, ir directo ao assunto, e um bom refrão.
(foi a que encontrei com melhor som)
Toca o despertador
Vestes-te a pressa
Mal tens tempo para comer
Fazes tudo tão depressa
Não tens tempo a perder
Nem tempo para sorrir
Sais de casa a correr
Tens um horário a cumprir
Os minutos passam
E hoje estás sem sorte
Cada vez mais atrasado
À espera de transporte
É difícil é difícil
Conseguir estar empregado
Mais difícil mas difícil
É ter um bom ordenado
O autocarro chega
E lutas para entrar
Mas é tanta a confusão
Que nem um passo podes mostrar
Seguras na tua mala com um ar desconfiado
Empurras para frente para arranjar um lugar sentado
Pisa o de trás, esbarras no da frente
Ficas irritado discutes com toda a gente
É difícil é difícil
Conseguir estar empregado
Mais difícil mas difícil
É ter um bom ordenado
Chegas atrasado mais um desconto no ordenado
Ficas um pouco...
Sentes-te arrasado
Como senão bastasse o teu patrão não te pagava
Tu não passas de mais um belo desempregado
(foi a que encontrei com melhor som)
Toca o despertador
Vestes-te a pressa
Mal tens tempo para comer
Fazes tudo tão depressa
Não tens tempo a perder
Nem tempo para sorrir
Sais de casa a correr
Tens um horário a cumprir
Os minutos passam
E hoje estás sem sorte
Cada vez mais atrasado
À espera de transporte
É difícil é difícil
Conseguir estar empregado
Mais difícil mas difícil
É ter um bom ordenado
O autocarro chega
E lutas para entrar
Mas é tanta a confusão
Que nem um passo podes mostrar
Seguras na tua mala com um ar desconfiado
Empurras para frente para arranjar um lugar sentado
Pisa o de trás, esbarras no da frente
Ficas irritado discutes com toda a gente
É difícil é difícil
Conseguir estar empregado
Mais difícil mas difícil
É ter um bom ordenado
Chegas atrasado mais um desconto no ordenado
Ficas um pouco...
Sentes-te arrasado
Como senão bastasse o teu patrão não te pagava
Tu não passas de mais um belo desempregado
A nossa patria é o mundo inteiro
Canção de Pietro Gori de 1895
Pietro Gori (14 Agosto de 1865 - 8 Janeiro 1911) foi um advogado, jornalista, intelectual e poeta anarquista italiano.
O profughi d’Italia
a la ventura
si va senza rimpianti
né paura
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta.
Dei miseri le turbe
sollevando
fummo da ogni nazione
messi al bando
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Dovunque uno sfruttato
si ribelli
noi troveremo schiere
di fratelli
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Raminghi per le terre
e per i mari
per un’Idea lasciammo
i nostri cari
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Passiam di plebi varie
tra i dolori
de la nazione umana
i precursori
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Ma torneranno Italia
i tuoi proscritti
ad agitar la face
dei diritti
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Pietro Gori (14 Agosto de 1865 - 8 Janeiro 1911) foi um advogado, jornalista, intelectual e poeta anarquista italiano.
O profughi d’Italia
a la ventura
si va senza rimpianti
né paura
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta.
Dei miseri le turbe
sollevando
fummo da ogni nazione
messi al bando
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Dovunque uno sfruttato
si ribelli
noi troveremo schiere
di fratelli
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Raminghi per le terre
e per i mari
per un’Idea lasciammo
i nostri cari
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Passiam di plebi varie
tra i dolori
de la nazione umana
i precursori
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
Ma torneranno Italia
i tuoi proscritti
ad agitar la face
dei diritti
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ed un pensiero
Nostra patria è il mondo intero
e nostra legge è la libertà
ed un pensiero
ribelle in cor ci sta
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
El miedo global
O texto que serve de base à canção é de Eduardo Galeano. A música é da Gran Orquesta Republicana, do álbum Abrazos, de 2004.
"Los que trabajan tienen miedo de perder el trabajo.
Los que no trabajan tienen miedo de no encontrar nunca trabajo.
Quien no tiene miedo al hambre, tiene miedo a la comida.
Los automovilistas tienen miedo a caminar
y los peatones tienen miedo de ser atropellados.
La democracia tiene miedo de recordar y el lenguaje tiene miedo de decir.
Los civiles tienen miedo a los militares,
los militares tienen miedo a la falta de armas,
las armas tienen miedo a la falta de guerras.
Es el tiempo del miedo.
Miedo de la mujer a la violencia del hombre
y miedo del hombre a la mujer sin miedo.
Miedo a los ladrones, miedo a la policía.
Miedo a la puerta sin cerradura,
al tiempo sin relojes, al niño sin televisión.
Miedo a la noche sin pastillas para dormir
y miedo al día sin pastillas para despertar.
Miedo a la multitud, miedo a la soledad,
miedo a lo que fue y a lo que puede ser,
miedo de morir, miedo de vivir....."
"Los que trabajan tienen miedo de perder el trabajo.
Los que no trabajan tienen miedo de no encontrar nunca trabajo.
Quien no tiene miedo al hambre, tiene miedo a la comida.
Los automovilistas tienen miedo a caminar
y los peatones tienen miedo de ser atropellados.
La democracia tiene miedo de recordar y el lenguaje tiene miedo de decir.
Los civiles tienen miedo a los militares,
los militares tienen miedo a la falta de armas,
las armas tienen miedo a la falta de guerras.
Es el tiempo del miedo.
Miedo de la mujer a la violencia del hombre
y miedo del hombre a la mujer sin miedo.
Miedo a los ladrones, miedo a la policía.
Miedo a la puerta sin cerradura,
al tiempo sin relojes, al niño sin televisión.
Miedo a la noche sin pastillas para dormir
y miedo al día sin pastillas para despertar.
Miedo a la multitud, miedo a la soledad,
miedo a lo que fue y a lo que puede ser,
miedo de morir, miedo de vivir....."
C'est dans la rue que ça se passe
Canção da companhia Jolie Môme (França), usada por vários movimentos e organizações de esquerda, desde que foi inventada para o 1 de Maio de 2009. Música-slogan pop para intervenção directa e defesa da luta de rua. Neste caso apenas a acompanhar fotografias, um vídeo da CNT francesa. Foi o que encontrámos com melhor som.
também usada este ano em solidariedade com a revolução tunisina...
também usada este ano em solidariedade com a revolução tunisina...
Freedom now!
Max Roach, Abbey Lincoln, Coleman Hawkins e Olatunji gravaram em 1960 o disco We insist!- Freedom Now, manifesto do novo jazz ao lado da luta pela liberdade e a igualdade.
Aqui uma actuação filmada de Freedom Day.
e aqui, do disco, este magnífico Prayer/Protest/Peace:
Aqui uma actuação filmada de Freedom Day.
e aqui, do disco, este magnífico Prayer/Protest/Peace:
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
A vida é curta
De uma grande cantora, Abbey Lincoln. E grande ainda. A versão é de 2007, mas a canção é bastante anterior.
I think about the life I live
A figure made of clay
And think about the things I lost
The things I gave away
And when I'm in a certain mood
I search the house and look
One night I found these magic words
In a magic book
Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day
And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
There's a hand to rock the cradle
And a hand to help us stand
With a gentle kind of motion
As it moves across the land
And the hand's unclenched and open
Gifts of life and love it brings
So keep your hand wide open
If you're needing anything
Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day
And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day
And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you
I think about the life I live
A figure made of clay
And think about the things I lost
The things I gave away
And when I'm in a certain mood
I search the house and look
One night I found these magic words
In a magic book
Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day
And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
There's a hand to rock the cradle
And a hand to help us stand
With a gentle kind of motion
As it moves across the land
And the hand's unclenched and open
Gifts of life and love it brings
So keep your hand wide open
If you're needing anything
Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day
And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
Throw it away
Throw it away
Give your love, live your life
Each and every day
And keep your hand wide open
Let the sun shine through
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
'Cause you can never lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you
You can never ever lose a thing
If it belongs to you
Uma política da amizade
Este dueto de Archie Sheep com Abdulah Ibrahim (sax e piano) contém uma política da amizade. Amizade é coisa feita de desentendimentos e desalegrias mas também de constância e profunda cumplicidade. E aqui? Está em causa o agir livre, mas também a independência. A amizade é o oposto da identidade. Afortunadamente.
Para lá da canção
Mas se procuramos pela música militante francesa, temos de deparar com o percurso singular da cantora e compositora Colette Magny (1926-1997), que viajou por muitos géneros e abandonou a canção em favor de outra música, difícil de designar, mas só possível graças ao blues, à música improvisada e ao jazz negro mais politizado dos anos 60.
Eis um exemplo de um tema dessa época, do extraordinário disco "Repression". Magnyfico.
Eis um exemplo de um tema dessa época, do extraordinário disco "Repression". Magnyfico.
dói-me a França
Valota e Myra é um duo francês que merece atenção. Aqui fica o título mais provocador e político, à primeira vista - chama-se "J'ai mal a la France". O site deles é
http://www.valotamyra.com/
http://www.valotamyra.com/
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
a segunda cançarta
Uma canção-carta (ou seja, uma cançarta) anti-militarista famosa, dirigida a "monsieur le président": "Le déserteur", de Boris Vian. Em questão estava a guerra da Argélia.
Monsieur le Président
Je vous fais une lettre
Que vous lirez peut-être
Si vous avez le temps
Je viens de recevoir
Mes papiers militaires
Pour partir à la guerre
Avant mercredi soir
Monsieur le Président
Je ne veux pas la faire
Je ne suis pas sur terre
Pour tuer des pauvres gens
C'est pas pour vous fâcher
Il faut que je vous dise
Ma décision est prise
Je m'en vais déserter
Depuis que je suis né
J'ai vu mourir mon père
J'ai vu partir mes frères
Et pleurer mes enfants
Ma mère a tant souffert
Elle est dedans sa tombe
Et se moque des bombes
Et se moque des vers
Quand j'étais prisonnier
On m'a volé ma femme
On m'a volé mon âme
Et tout mon cher passé
Demain de bon matin
Je fermerai ma porte
Au nez des années mortes
J'irai sur les chemins
Je mendierai ma vie
Sur les routes de France
De Bretagne en Provence
Et je dirai aux gens:
Refusez d'obéir
Refusez de la faire
N'allez pas à la guerre
Refusez de partir
S'il faut donner son sang
Allez donner le vôtre
Vous êtes bon apôtre
Monsieur le Président
Si vous me poursuivez
Prévenez vos gendarmes
Que je n'aurai pas d'armes
Et qu'ils pourront tirer
Monsieur le Président
Je vous fais une lettre
Que vous lirez peut-être
Si vous avez le temps
Je viens de recevoir
Mes papiers militaires
Pour partir à la guerre
Avant mercredi soir
Monsieur le Président
Je ne veux pas la faire
Je ne suis pas sur terre
Pour tuer des pauvres gens
C'est pas pour vous fâcher
Il faut que je vous dise
Ma décision est prise
Je m'en vais déserter
Depuis que je suis né
J'ai vu mourir mon père
J'ai vu partir mes frères
Et pleurer mes enfants
Ma mère a tant souffert
Elle est dedans sa tombe
Et se moque des bombes
Et se moque des vers
Quand j'étais prisonnier
On m'a volé ma femme
On m'a volé mon âme
Et tout mon cher passé
Demain de bon matin
Je fermerai ma porte
Au nez des années mortes
J'irai sur les chemins
Je mendierai ma vie
Sur les routes de France
De Bretagne en Provence
Et je dirai aux gens:
Refusez d'obéir
Refusez de la faire
N'allez pas à la guerre
Refusez de partir
S'il faut donner son sang
Allez donner le vôtre
Vous êtes bon apôtre
Monsieur le Président
Si vous me poursuivez
Prévenez vos gendarmes
Que je n'aurai pas d'armes
Et qu'ils pourront tirer
a primeira carta
A carta é umas das formas que a canção muito adoptou. E a canção política fez bom uso dela. Porque a carta testemunha o presente. Porque a carta é datada, com indicação de lugar de origem. A forma-carta revela a escrita, põe o texto à mostra. E a carta relata e toma posição, num tom aparentemente neutro. Fá-lo com fórmulas como "meu caro", que distanciam, obrigam à reflexão, contrastam e realçam o relato de como se está "por aqui".
O primeiro filme é um trabalho interessante de estudantes. Pena a música estar cortada no fim. Há uma aceleração final que é muito importante, para além de ser uma bela desbunda musical, com um fino humor. Segue um segundo vídeo com a versão completa, mas ao vivo, com chico, francis hime e outros a tocar juntos numa sessão.
O primeiro filme é um trabalho interessante de estudantes. Pena a música estar cortada no fim. Há uma aceleração final que é muito importante, para além de ser uma bela desbunda musical, com um fino humor. Segue um segundo vídeo com a versão completa, mas ao vivo, com chico, francis hime e outros a tocar juntos numa sessão.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
O futuro é agora
Uma actuação ao vivo de Nina Hagen, nos seus melhores anos, antes de se tornar uma extravagância consensual.
"The future is now", para o ano novo que aí vem.
O que importa neste caso é sobretudo a atitude.
Mas aqui vai também a letra, em alemão e inglês, que é qualquer coisa como isto:
It's really gonna be a better world,
So many people try again and again and again to change
Lieber Gott mach mich Fromm, dass ich in der himmel komm
(la la la la)
Ein zwei drei vier funf sechs sieben
Love + Life + Drive + Frieden
One two three four five six seven
Love + Life + Drive in Heaven
1968, is over (its over)
1979, its over.. Future is Now!
My love for you was bigger than my love for me Cheri you see
Now I am free, I found the key!... And I love everybody
Just gonna free everybody
Ein zwei drei vier funf sechs sieben
Love + Life + Drive + Frieden
One two three four five six seven
Love + Life + Drive in Heaven
1968, is over (its over)
1979, its over.. Future is Now!
Sklare wer wird dich befreien?
Sklaren werden dich befreien!
1. Vergesst nicht kommt das fressen
2. kommt der liebesaht
3. der konsum nicht vergessen
4. saufen bis es knackt FROST MAHLZEIT
Ein zwei drei vier funf sechs sieben
Love + Life + Drive + Frieden
One two three four five six seven
Love + Life + Drive in Heaven
1968, is over (its over)
1979, its over.. Future is Now!
"The future is now", para o ano novo que aí vem.
O que importa neste caso é sobretudo a atitude.
Mas aqui vai também a letra, em alemão e inglês, que é qualquer coisa como isto:
It's really gonna be a better world,
So many people try again and again and again to change
Lieber Gott mach mich Fromm, dass ich in der himmel komm
(la la la la)
Ein zwei drei vier funf sechs sieben
Love + Life + Drive + Frieden
One two three four five six seven
Love + Life + Drive in Heaven
1968, is over (its over)
1979, its over.. Future is Now!
My love for you was bigger than my love for me Cheri you see
Now I am free, I found the key!... And I love everybody
Just gonna free everybody
Ein zwei drei vier funf sechs sieben
Love + Life + Drive + Frieden
One two three four five six seven
Love + Life + Drive in Heaven
1968, is over (its over)
1979, its over.. Future is Now!
Sklare wer wird dich befreien?
Sklaren werden dich befreien!
1. Vergesst nicht kommt das fressen
2. kommt der liebesaht
3. der konsum nicht vergessen
4. saufen bis es knackt FROST MAHLZEIT
Ein zwei drei vier funf sechs sieben
Love + Life + Drive + Frieden
One two three four five six seven
Love + Life + Drive in Heaven
1968, is over (its over)
1979, its over.. Future is Now!
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